segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Pós intercâmbio

Olá pessoas!!!

Preparados para um post daqueles enormes???
Pois é, três meses se passaram e agora, depois de vivenciar várias coisas aqui no Brasil, acredito que este é um bom momento para contar como foi/está sendo a minha volta.

No meu último post não entrei em muitos detalhes quanto às minhas despedidas, mas confesso que foi extremamente difícil dizer tchau para as pessoas que conheci durante o meu ano nos EUA. Chorei que nem uma condenada em vários  momentos, geralmente escondidinha, desidratei litros. O fato de não saber se vou encontrar novamente pessoas que se tornaram tão importantes na minha vida me deixou muito manteiga derretida e tudo me fazia chorar. Mensagens no celular, mensagens no facebook, cartões, cartinha do menino que eu cuidava, cartão de presente da host family, visitas, encontros... O nó na garganta foi uma constante por dias e a mistura de tristeza e alegria é uma coisa que não dá pra explicar, só quem já sentiu pode me entender.
Como comentei no último post, me despedi da minha host mom uma semana antes de eu ir embora porque ela teve que viajar a trabalho (rolou um chororô), da menina que eu "cuidava", que tinha 14 anos eu nem ouvi um tchau (como já era esperado, hehe), o meu menino de 10 anos me deu uma cartinha fofa dizendo que eu era uma good nanny e que ele sentiria minha falta (isso me surpreendeu e me deixou muito feliz) e do meu host dad eu me despedi no aeroporto. No meu último dia meu host me levou para o aeroporto e a Suélen foi junto com a gente. Fiquei surpresa quando o meu host me deu de presente um cartão com mensagens de gratidão e um cartão-presente. A Sú também me deu um cartão lindo! Fui com minhas 4 malas para o check-in, me despedi dos dois e lá fui eu pra sala de embarque. O meu vôo era de NY para Miami e de Miami para o Brasil, mas o primeiro vôo atrasou um monte e perdi o vôo para o Brasil. Consegui pegar um avião no mesmo dia, sexta-feira, mas cheguei no Brasil umas 3 horas mais tarde. Ao passar pela alfândega fui parada pois no raio x não conseguiam identificar direito o que eu tinha nas minhas malas (muuuuuita coisa) e como era muita bagagem para uma pessoa só eu fui "revistada". Um cara veio falar comigo e a primiera coisa que eu fiz foi entregar a minha carta do consulado Brasileiro que comprovava que morei por um ano nos EUA. Aí ele perguntou o que eu tinha nas minhas malas e eu disse que tinha de tudo um pouco, roupas, sapatos, alguns eletônicos (leiam: muambas), etc. Ele pergountou se era tudo meu e eu disse que sim e quanto aos eletrônicos ele fez algumas perguntas também, por exemplo, quando é que eu comprei, se era para mim ou presente, e é claro que eu disse que era tuuuudo meu. Sobre as roupas ele perguntou se eram novas ou usadas e pediu que eu abrisse duas das minhas malas para ele dar ua olhadinha. Ele deu só uma mexidinha por cima, não vasculhou as malas e disse que eu estava liberada. Confesso que deu um friozinho na minha rabiga!
Aí fui eu com toooodas aquelas malas para o desembarque e já de cara encontrei minha família. Mãe, irmão, tio e tia! Meu irmão tinha ido de Curitiba pra Sampa para me receber e isso me deixou muito feliz! Minha mãe só de me ver já caiu no choro e me deu um mega abraço e muitos beijos mais que delícia. Como foi bom rever meus amorecos.
Fomos pra casa da minha tia onde tomamos um café da manhã juntos e matei a minha vontade de pão francês e café brasileiro com leite. Aí foi aquela folia de desfazer malas, dar presentes, entregar encomendas, uma beleza. Na noite do mesmo dia que eu cheguei à noite, a minha amiga Larissa chegou em Sampa para me receber e eu amei a visita! A Lari e o Jiba (meu irmão) foram embora no domingo e eu fiquei mais alguns dias em São Paulo para resolver umas coisinhas. Fui para São Bernardo onde visitei meus amigos da Mondial (empresa em que eu trabalhava), fui ao médico em Santo André para ver se estava tudo certo com a minha tireóide e curti a minha família antes de vir para Curitiba. Mais ou menos uma semana depois eu e minha mamuska viemos para a nossa city linda, as duas de mudança, com o carro cheio de coisas. Para os que não sabem, antes de ir para os USA eu morava em Sampa, passei só alguns meses em Curitiba e muitas das minhas coisas ficaram por lá. Além disso a minha mãe conseguiu ser transferida de Sampa para Curitiba no trabalho dela. O único da família que já estava aqui era o meu irmão, que passou um tempo morando com um amigo, então imaginem o estado do ap quando eu e minha mãe chegamos. Bom, não paramos de arrumar até agora, kkk. O ap. ainda está com um clima meio de mudança, mas as coisas estão se ajeitando e ele está ficando cada vez mais bonitinho.
Chegando aqui em Curitiba vi meu pai, e meus amigos. Estou matando a saudade da minha cidade até hoje e estou muito feliz de estar por aqui.

Um dos meus maiores medos nessa volta para o Brasil era não ter o que fazer quando chegasse. Tinha medo de não encontrar emprego, de não ter grana pra estudar, enfim, tinha medo de ficar com a vida parada! Foi então que eu tratei de arranjar o que fazer. Mal cheguei em Curitiba e comecei a fazer altos bicos. Trabalhei em um bar na frente de casa, fiz tradução de documentos, trabalhei em bilheteria de show, trabalhei como hostess de artistas nacionais e internacionais em uma have que teve aqui, a Tribal Tech, fiz divulgação de show e por aí vai... Não fiquei nem um pouco parada e adorei fazer coisas que eu nunca tinha feito. Enquanto eu fazia esses bicos eu procurava um emprego na minha área, e parece que eu encontrei!!! Se tudo der certo, e dará, em janeiro eu começo no meu novo emprego que parece ter tudo a ver comigo. Prefiro não colocar detalhes aqui ainda porque a minha carteira profissional ainda não está assinada, mas antecipo que estou bem feliz com a oportunidade que apareceu na minha vida! :)

E agora vão as minhas conclusões sobre ter sido au pair e ter decidido voltar para o Brasil.
Ser au pair é uma experiência ímpar. Fui, gostei e recomendo! Independente de termos uma host family legal ou não, de vivermos em uma cidade legal ou não, de vivermos em uma casa legal ou não e independente de muitas outras coisas, viver fora de casa, em um país que não é o nosso, com uma família que não é a nossa, falando um idioma que não é nossa língua mãe, é uma experiência de muito aprendizado e crescimento. Somos nós que temos que fazer a experiência valer a pena. Não é possível voltar do mesmo jeito, algo aqui dentro está diferente. Apesar de eu não ter ido pros EUA muito novinha, ou seja, já tinha tido várias experiências que me fizeram crescer aqui no Brasil, tudo o que eu vivi lá me fez amadurecer de uma maneira diferente! Hoje vejo mais possibilidades em tudo o que eu faço, sei que tudo o que eu quero conquistar depende principalmente de mim e que praticamente nada é impossível.
Voltei e não me arrependo nenhum pouco. É claro que sinto falta de muuuuitas coisas, principalmente do conforto da minha vida au pairiana e dos meus amigos, mas não consigo me imaginar mais um ano vivendo como au pair. Aqui no Brasil parece que as coisas são mais palpáveis, mais concretas, mais possíveis. Aqui eu sei onde estou pisando e tenho um mundo à minha volta para me amparar. E agora tenho planos, muitos planos, todos POSSÍVEIS, e vou começar esse ano de 2012 com a corda toda fazendo as coisas acontecerem, porque mais do que nunca sinto que sou capaz de fazer muito. Muita gente dizia para eu continuar Nazamérica porque quando eu voltasse para cá tudo estaria igual e eu poderia me decepcionar. Realmente as coisas não estão lá muito diferentes, mas eu estou e já acho isso uma grande coisa! Agora penso em voltar para os Estados Unidos sim, mas para visitar as pessoas que ficaram por lá e que moram no meu coração.

Gostaria de agradecer muuuuuito a todos que me acompanharam nessa experiência, de perto ou de longe. Espero que os registros desse blog sejam úteis para os interessados no assunto. Talvez esse seja o meu último post, talvez não, mas sinto que o que vai acontecer daqui pra frente talvez mereça um blog novo, já que se trata de uma fase totalmente nova da minha vida.

Desejo sorte e força para todos que embarcaram nessa loucura de ser au pair e para os que querem entrar nessa, e não se esqueçam de aproveitar muito porque dessa vida a gente não leva nada!

Aqui ficam algumas imagens dos meus últimos dias nos States.

Eu, Jacque e as meninas que a Ana cuidava após um divertido dia na praia.
Eu e as quianças que a minha amiga Arianne cuida.

Um dos gêmeos lindos que a minha amiga Ariana cuida!

O outro gêmeo

Meu muleque, e o cão! 

Minha host mom

Ana e Cami, lindonas do meu coração em um dia de Bar A
Mais Bar A

Cami, Jaque, Sandrine, Leti, eu e Su

Jacque, Su, Leti, Cami e eu no "nosso" café!

NY

NY - Central Park

NY - Central Park

NY - Lego Store

NY - Times Square

NY - Times Square

Um dia de festinha de despedida na casa da Ariana

Ariana, eu, Jacque e Su

Despedida no Miss Favela - eu, Jacque, Su, Cami, Leti e Marie

Visita para a Aneli  e sua baby Daisy linda em Alexandria, VA

Pré Halloween I

Pré Halloween II

Hora de dar tchau para o meu querido prof. de violão

Hora de dar tchau para o bonitão que trabalhava na escola de música! :P


National Harbour

Eu e minha querida amiga Arianne



Bom, é isso pessoal!
Desejo um ótimo 2012 a todos!!!!

Mais uma vez agradeço pela companhia nessa aventura!

Beijo estalado e abraço apertado! :)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Último post aupairiano!

Pois é minha gente, ACABOU!!!
Depois de amanhã eu pego o avião pro Brasil e agora é hora de dizer tchau para a minha "vida americana".

O tempo passou voando, mas acho que aproveitei muito esse ano. Sobrevivi a rematch, snowstorm, terremoto, furacão, saudade, despedidas, desilusões... E apesar de tudo isso conquistei muitas coisas! Um inglês melhor, muitos amigos, viagens, muitas experiências!
Quando eu vim para cá eu não me preocupava nem um pouco em como seria a hora de me despedir, mas agora eu concluí que me despedir da minha família e dos meus amigos no Brasil antes de vir para cá foi mais fácil  do que me despedir das pessoas que eu conheci aqui. O motivo é muito simples... Quando eu saí do Brasil eu tinha a certeza de que em no máximo 2 anos eu veria todos de novo, e agora eu não tenho certeza se verei todos os amigos que fiz aqui de novo, porque cada um é de um canto do mundo. Agora tenho amigos de vários cantos do Brasil, amigos na Colômbia, França, Alemanha, Austria, Suíça, Africa do Sul e aí por diante... Espero manter contato com todos e revê-los, mas sei que isso não é assim tão simples.

Meu último dia de trabalho foi dia 13/09 e eu tive companhia nos meus últimos dias. A Suélen, au pair que vai ficar no meu lugar chegou em casa no dia 02/09 e nos demos muito bem! Dividimos o quarto e as tarefas e eu já levei ela para um mau caminho apresentando as lojas baratex e as amigas doidas, hehe.
No último final de semana começaram as despedidas. Na sexta-feira tive a minha última aula de violão, no mesmo dia à noite teve pizza com as meninas na casa da Ariana, no sábado teve Miss Favela com as amigas e no domingo eu viajei para DC. Em DC pude ver as minhas amigas queridas Arianne, Fabi, Anali e as kids lindas da Ari, e, por incrível que pareça, ainda me despedi da minha ex host family que me pediu para voltar a morar com eles! Xokey!
Falando em host family eu não esperava nenhuma demonstração de afeto da minha atual host family com o fato de eu ir enbora, afinal, ele são durões, mal se abraçam, mas no sábado eu fui me despedir da minha host mom (ela estará viajando a trabalho nos próximos dias) e fiquei com o coração apertadinho ao ver ela chorando um monte e dizendo que vai sentir minha falta. Ai ai...
Agora estou dentro do bus voltando para NY onde eu vou pegar um documento no consulado comprovando que eu morei aqui por 1 ano para não ter problemas com a bagagem na volta. Vou também fazer umas comprinhas básicas e voltar para NJ. Espero ainda ver as minhas amigas lindas amanhã!
As malas??? Bom, isso é um grande problema... Estou com 3 até agora, mas não duvido nada que o número mude para 4! :O
Estou ansiosa, não vejo a hora de abraçar a minha mãe, o meu irmão, a minha família toda, meus amigos...

Vou compratilhar com vocês um dos meus pensamentos após um ano aqui. Conversando com o meu professor de violão e com o bonito da escola de música eu concluí que morar nos Estados Unidos é muito mais fácil do que morar no Brasil, mas mesmo com todas as dificuldades, morar no Brasil é muito mais gostoso! E é por isso que eu estou voltanto, e feliz! :)

Bom, acredito que este não será o último post desse blog, quero ainda contar para vocês como foi a minha volta, então aguardem as cenas do próximo capítulo!


Beijos para quem lê e bom retorno para mim!

sábado, 27 de agosto de 2011

A terra tremeu e lá vem o furacão!

Oi pessoas! Tudo certinho?!

Por aqui tudo agitado!
Terremoto, furacão... Não imaginava que eu teria essas experências aqui na terra do uncle Sam!

Vou contar para vocês como foi o terremoto e quais são as informações a respeito do furacão Irene.

O terremoto aconteceu na última terça-feira, dia 23/08 um pouco antes das 2:00 da tarde. Eu estava no meu quarto, sentada na minha cama internetando quando sinto a cama mexendo. O colchão é de molas então ouvi um barulhinho e senti um movimento atipico. Na hora não me toquei que era um terremoto, mas segundos depois todo mundo começa a falar de terremoto no facebook e então eu me toco que o que eu senti foi um earthquake! Choquei! Masss, como eu não estava esperando por isso e não foi muito forte até que foi "divertido"! Saí da minha caverna e fui ver como estavam as minhas crianças. Estava tudo bem e eles estavam de cara porque não sentiram o terremoto, então falei pra eles que eu ficaria no meu quarto e caso sentisse algum tremor eu chamaria eles pra eles sentirem os tremores junto comigo. Mas felizmente a terra não tremeu mais não!
Mas é claro que não foi suficiente presenciar apenas um fenômeno da natureza aqui na gringa, algo mais tinha que acontecer!
A "dona Irene" está se aproximando! Sim, um furacão agora!!! E como se não bastasse o furacão estão rolando alguns tornados por aí também. Não coloquei o meu nariz pra fora de casa hoje. A Ana Paula está aqui em casa e só saímos do meu basement para usar o banheiro e para comer.
Neste exato momento (madrugada de sábado para domingo) está chovendo e ventando! Às vezes escuto uns ventos mais fortes, mas parece que não está rolando nada muuuuito preocupante até agora. O furacão chega aqui neste domingo pela manhã e é obvio que estou apreensiva, mas não estou em pânico.
Existe o risco de ficarmos sem energia elétrica e presos dentro de casa, no caso de ruas serem interditadas por causa de queda de árvores, postes, etc. Minha host fez uma compra gigante de comida e água pra ninguém passar sede nem fome!
Por enquanto está tudo bem, mas se a coisa ficar feia a família toda vem aqui pro meu cafofo e vamos fazer uma festa no porão, hehe.
Estou acompanhando as informações na TV enquanto a energia não acaba. Parece que o furacão deixou alguns estragos nas Carolinas do Norte e do Sul, está ventando muuuuuito em Manhattan e aqui a coisa ainda vai ficar mais perigosa!
Nos últimos dias recebemos ligações da prefeitura com alertas para comprarmos pilhas, água, comida e medicamentos para pelo menos 3 dias para o caso de ficarmos presos em casa e sem energia elétrica. Hoje a ligação era informando que não era para ninguém sair de casa após as 8:00 da noite!
O cão acabou de descer aqui para o meu quarto, e ele só faz isso quando está com medo, então acho que a coisa tá piorando! Altos raios lá fora!

Bom, vou tentar tirar uma soneca antes da Irene chegar, e espero voltar logo para contar como foi a experiência. Espero que nada de grave aconteça, mas tudo isso que está acontecendo só me faz pensar que a  natureza só nos devolve o que damos para ela! :/

Bora cuidar do que é nosso, esse planeta lindão! Mas neste exato momento o que nos resta é rezar....

Beijos a todos!